As violências domésticas contra crianças e adolescentes – violência física, psicológica, negligência, sexual e testemunhal – atingem todas as classes sociais, independentemente da situação social, econômica e cultural da família.
A família, ainda hoje mesmo diante da multiplicidade de modelos familiares, é um espaço privilegiado de convivência, acolhimento, afeto, educação, mas não deixa de apresentar conflitos e desentendimentos nos relacionamentos familiares. Alguns desses conflitos são resultados das “agressões do mundo atual”, como o desemprego, a falta de habitação, saúde, educação, segurança… Tais fatores podem gerar o estresse, o inconformismo, a fuga nas drogas e as desagregações, a rebeldia, a falta de perspectivas fazendo com que o respeito ao outro fique ameaçado.
O respeito à individualidade, às diferenças sociais, raciais e religiosas devem ser iniciadas nos primeiros anos de vida. Se a família não é um lugar seguro, de bons exemplos dos pais e/ou responsáveis, um lugar de respeito ao outro, mesmo que este outro seja uma criança ou adolescente, como teremos cidadãos com todas as qualidades ditas acima? Como posso exigir que meu filho me respeite se eu não o respeito, se eu não o ouço, se eu não o vejo, se eu não o amo?
A APROCAF – Associação de Proteção à Criança, Adolescente e Família – está realizando neste mês de março sua X Campanha de Prevenção e Combate à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes, com o objetivo de sensibilizar pais/responsáveis, e a sociedade em geral sobre a necessidade de uma educação sem violência. Visa também a conscientização dos profissionais de todas as políticas públicas: educação, saúde, assistência social e sistema de garantia de direitos para formarmos em nosso município uma rede na defesa e proteção das crianças e adolescentes, efetuando os encaminhamentos aos órgãos competentes em casos de violação dos direitos.
Nesta campanha contamos com o importante apoio da Loja Maçônica Paz e Liberdade de Lucélia e a parceria da Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa Agente Comunitário de Saúde na entrega dos panfletos.
