Em 18 de maio de 1973, em Vitória/ES, uma garota de 8 anos de idade, Araceli, foi raptada ao sair da escola, foi estuprada, morta, e segundo dizem, por rapazes de classe média alta e até hoje esse crime está impune. Araceli teve os seus direitos humanos violados. Sua morte serviu para mostrar a realidade de violências que existe neste país. Foi um alerta, um “abrir de olhos”, para toda a sociedade brasileira. Essa data tornou-se um símbolo de luta contra as violências sexuais de crianças e adolescentes.
Todas as formas de violência, especialmente a violência sexual, afetam o crescimento saudável de uma criança.
Em 2021, segundo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Disque Denúncia Nacional 100, recebeu 18.681 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Há uma estimativa de que apenas 10% dos casos são denunciados e que a cada 1 hora, é estimado que 4 crianças ou adolescentes sejam vítimas violência sexual no Brasil ( Fonte: Childhood Brasil). Devemos entender que o adulto deve respeitar e proteger as crianças e adolescentes, saber lidar com o seu próprio desejo e se isso não acontecer, deve ser responsabilizado pelas suas transgressões.
A Campanha do mês de maio, tem como objetivo conscientizar, orientar combater o abuso sexual de crianças e adolescentes. Tirar esse tema da invisibilidade, sensibilizando toda a sociedade para sair em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. É preciso garantir que tenham direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
Lembrarmos o dia 18 de maio, vem manter viva na nossa memória a responsabilidade de todos nós em garantir os direitos de “todas as nossas Aracelis”, nossas meninas e meninos violentados sexualmente, interrompidos em suas inocências e sonhos.
Onde denunciar: – no Conselho Tutelar; no Disque 100, que é Nacional e gratuito;
na Polícia Civil; Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. E para crimes na
Internet: new.safernet.org.br/denuncie.
Denuncie!
Mércia Fuzetti de Almeida Troncon
Psicóloga colaboradora da APROCAF
Maio/2022